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terça-feira, 10 de abril de 2007

OTA?

Será necessário um novo aeroporto quando temos o projecto do TGV na mesa?

Será necessário gastar mundos e fundos no novo Aeroporto Internacional de Lisboa na Ota, ou não temos alternativas mais baratas e rápidas?


A escolha da localização de um novo aeroporto deveria ser efectuada após estudos rigorosos quanto ao local para esse tipo de infra-estrutura e também quanto à sua coordenação com os diferentes meios de transporte já existentes.
Observando a localização da Ota, parece, inicialmente, ser um local com bons acessos rodo-ferroviários mas, após um estudos mais cuidados, percebe-se que vários problemas irão ocorrer.

Quando se optou pela Ota também foi anunciada a passagem por aquele local de uma futura linha de alta velocidade TGV, que faria a ligação Lisboa-Porto. Esta linha nunca seria, de forma alguma, rentável, pois teria um custo de 1000 milhões de contos e só se iriam poupar 30 minutos de viagem relativamente, ao, já existente, Alfa Pendular, tendo preços de bilhetes muito mais baixos que o TGV.
Mesmo que fosse construída esta linha teria uma frequência de comboios muito reduzida, de hora em hora, o que não é nada vantanjoso para quem queira apanhar um avião de última hora.

Foi avançada, mais tarde, a ideia da futura linha de comboios de alta velocidade de Lisboa ao Porto se afastar acima de Leiria do traçado da actual linha do Norte para, descendo até às Caldas da Rainha e passando em seguida entre as serras de Aire e de Montejunto, ir passar pelo aeroporto, seguindo depois para Lisboa. Este traçado, que seria de difícil construção devido ao relevo e tipo de solos existentes, iria encarecer substancialmente os custos da linha e aumentar a duração da viagem.
Não é, além disso, rentável parar comboios TGV nas Caldas da Rainha e noutras estações para levar passageiros para o aeroporto. Esta solução não parece, assim, de modo nenhum, indicada.
O acesso ferroviário ao aeroporto da Ota é, assim, um problema de difícil solução e as ligações para quem vem do Norte e Interior do país nunca serão directas e obrigarão à mudança de comboio o que, para além de ser incómodo, aumentará substancialmente o tempo de viagem. Tudo isto acontece porque a Ota não é um ponto que coexista convenientemente com a restante linha férrea.

O transporte rodoviário vai ser outro problema de difícil resolução, uma vez que as duas vias principais a utilizar serão a A1 e a CREL. Apesar dos novos acessos que serão construídos no futuro, A10 e IC11, a maioria dos utentes que são os que se dirigem e partem de Lisboa usarão a A1, do Km zero ao Km 38.

Deslocando o novo aeroporto para a Ota cerca de mais 20 mil veículos irão ser acrescentados ao tráfego actual diário. O IC19 viu o seu tráfego subir de tal forma que, actualmente, está completamente saturado. Convém lembrar, que se um utente for transportado de automóvel por um familiar, tanto na ida como no regresso, serão efectuadas 4 deslocações. Muitos utentes irão perder os aviões devido a engarrafamentos e desastres ou aos atrasos provocados pelos pagamentos das portagens.

Conclui-se que, para além das ligações ferroviárias para a Ota serem deficientes, as ligações rodoviárias serão ineficazes pelas dificuldades já existentes no troço da A1.

Na grande maioria dos países, sempre que um aeroporto se encontra perto da saturação, tenta-se efectuar obras de ampliação, por forma a aproveitar e rentabilizar ao máximo as infra-estruturas já existentes. Este procedimento é muito mais aconselhável e económico do que construir um novo aeroporto. Aliás, foi o que se fez em Madrid e Barcelona e em muitos outros locais.

Apesar das diversas opções para manter a Portela, foi tomada, em 1999, a decisão de se construir um novo aeroporto, sendo escolhida a Ota, para localização dessa infra-estrutura, e anunciado o valor de 400 milhões de contos como o valor total do investimento. Este valor deverá ser certamente muito superior, não só pelas habituais derrapagens em Portugal (o caso da EXPO 98 e do Metro do Porto são alguns exemplos) mas, sobretudo, devido às dificuldades de construção de um aeroporto na Ota.
O principal argumento contra a Ota reside no facto de não ser possível, naquele local, construir mais que duas pistas paralelas. Isto prova que a Ota terá capacidade limitada.

A localização da Ota é uma decisão errada e fará de Lisboa uma Região ainda mais periférica e tornará Portugal menos competitivo em relação ao espaço aéreo.

Conclui-se que um futuro aeroporto, a construir talvez daqui a 30 anos, teria muito mais viabilidade se for na região de Rio Frio/Pinhal Novo, perto da intercepção das várias linhas férreas, que ali irão existir, e que darão acesso quase directo a todo o país, além do Metro da margem Sul.

Será necessário dizer ao Eng. José Socrates, desculpem enganei-me, Ex-Eng. José Socrates, para repensar bem na sua decisão?
Pede aos portugueses retenção, e quer gastar 400 milhões dos nossos cofres num aeroporto com dias contados????

Leiam tudo o que possam sobre este assunto, até recomendo verem um programa, da RTPN, Radar de Negócios, que nos dá um prisma completamente distinto do assunto!!!

NÃO À OTA!!!
Não pago isso!!!!

(dados retirados do mundo internauta)

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